Trajetórias, ciberespaço e movimentos ciberativistas: os twitteiros e suas redes políticas em Natal-RN
Trajetórias, ciberespaço e movimentos ciberativistas: os twitteiros e suas redes políticas em Natal-RN Raquel Souza da Silva1 Resumo: As matrizes das orientações metodológicas em Antropologia Social são o trabalho de campo e o método etnográfico sistematizado por Malinowski na década de 20. A transição da antropologia dos estudos de sociedades e culturas particulares para o estudo das sociedades contemporâneas fez com que os pesquisadores percebessem a existência de impasses teóricos e metodológicos canonizados por este autor. Desta forma, a técnica de observação-participante, entre a década de 50 a 80, passaria por vários questionamentos com intensificação da complexidade das relações mantidas na cidade. Na década de 90, com a emergência do ciberespaço, novos desafios foram lançados ao fazer antropológico. Com todas as discussões hoje apresentadas por uma antropologia no e do ciberespaço, existe um consenso entre os pesquisadores de que a “observação-participante” ainda é fundamental ao trabalho antropológico. Esta proposta de artigo consiste em uma reflexão concernente à parte inicial do trabalho de campo do curso de doutorado que está em andamento no PPPGA-UFF com os movimentos ciberativistas de Natal-RN, 2010 a 2015. A pretensão é refletir sobre como “a história de vida” junto ao processo de observação-participante pode elucidar a trajetória política de sujeitos em movimentos ciberativistas e as consequências deste “percurso individual” para o quadro político local na contemporaneidade. Palavras-chave: antropologia no ciberespaço; método biográfico; metodologia; ciberativismo; Em um mundo cada vez mais